Vamos jogar?
A era dos jogos "virtuais" faz já parte da realidade das redes sociais, é rara a vez que entramos no facebook e que não recebemos uma notificação de um amigo que sugere um jogo "Experimenta já o candy crush" ou "Este amigo enviou-te um pedido no Jelly Splash".
Muitos são aqueles que tentam advertir o amigo dessa solicitação, pedindo para não voltar a enviar, marcando como spam, desativando os jogos e até mesmo e mais radical eliminando essa pessoa.
Pelo lado dos jogadores virtuais, esta é uma forma dinâmica de passar o tempo e "puxar pela cabeça" ao mesmo tempo, quer seja à espera do autocarro, ao pequeno-almoço ou até mesmo no wc. Os jogos são cada vez mais uma forma de distração das pessoas, muitas delas encaram os jogos muito mais do que lazer, muitos veem os jogos como uma fuga à solidão escondendo-se atrás da tela do computador ou do visor do telemóvel. Estas pessoas são consideradas cada vez mais dependentes destes jogos para que se sintam realizados durante o seu dia.
Já não existe diálogo nos intervalos da escola, nas pausas do trabalho. Todo o tempo disponível é gasto a tentar passar o tal nível difícil que aparece lá de vez em quando na aplicação, ultrapassar o amigo e ser o primeiro a passar o nível que mais ninguém consegue passar é o objetivo. Estes jogos vieram substituir os tradicionais jogos de tabuleiro, a socialização à volta de uma mesa, o convívio e a diversão artesanal.
As cores e as várias formas de jogar, as vidas e as animações ao fazer uma jogada, fica mais “apetecível” a cada atualização da aplicação. Somos cada vez mais dependentes da manipulação que utilizam em nós e os jogos são cada vez mais o reflexo disso mesmo.
