Geração Digital
Antigamente as crianças não tinham os brinquedos que têm hoje, tinham de recorrer muitas vezes á sua criatividade para se divertirem, hoje em dia já não é bem assim, vivem imersos nas novas tecnologias e o muito que têm nunca chega. Computador, tablet, smartphone, todos têm um (ou vários) e estes aparelhos eletrónicos, infelizmente, tornam-se muito mais atraentes para as crianças do que sair de casa e jogar á bola ou ler um livro (em papel).
O tempo em que o sermão da mãe sobre os joelhos feridos e a roupa enlameada foi substituido pelo "Larga o telemóvel e vai brincar com os teus amigos!".
O "Querido Pai Natal este ano quero uma bola porque me portei bem" foi substituido por uma lista interminável de brinquedos e aparelhos eletrónicos, e o pior de tudo é o fato dos pais cederem a estes desejos sem pensar nas suas consequências.
É verdade, os pais têm um papel preponderante no que toca a esta questão, neste sentido tem que haver um maior controlo parental para que o uso destes aparelhos seja benéfico e não o contrário para os seus filhos.
Atualmente para sermos considerados indivíduos incluidos socialmente temos de ter os aparelhos eletrónicos mais sofisticados e esta discriminação começa cada vez mais cedo, eu com 10 anos nem tinha telemóvel, agora não só o têm como também têm o último modelo que acabou de sair.
É irónico perceber que algo que une tanto as pessoas tenha também o poder de as isolar, mas a verdade é esta, as crianças isolam-se cada vez mais em jogos, na internet, na televisão e desta forma passa-lhes ao lado algo tão importante como as amizades.
Tal como tudo este tema também tem as suas vantagens, e as novas tecnologias têm uma função cada vez mais importante na educação das crianças, é mais fácil e mais rápido acederem á informação e cada vez há mais programas e dispositivos dirigidos aos mais novos que fundindo o entretenimento e a informação se tornam atrativos a todas as crianças.