Não aconteceu. Está a acontecer
Hoje o título deste artigo remete para um documentário sobre jornalismo que merece ser visto, falado e partilhado. O documentário foi feita por um ex-aluno de jornalismo, Diogo Pereira, da Faculdade de Coimbra e eu tive o prazer de o ver mal foi feito.
Resolvi falar sobre ele hoje por variadas razões. Primeiro, porque ao longo do documentário são entrevistadas várias figuras ligadas ao jornalismo português e que partilham a sua opinião sobre o futuro dos media tradicionais. Segundo, porque é um assunto que me encontro a debater atualmente e que além de ser de todo o meu interesse, deve ser do interesse do público em geral. Terceiro, porque enquanto futura jornalista, o futuro do jornalismo preocupa-me.
Neste documentário depreendi muitas coisas. O jornalismo sofre de bullying na sociedade atual. E digo isto porquê? Porque o trabalho de um jornalista é consumido, cada vez mais, de forma gratuita, e se isso é um ponto positivo para o consumidor, é um ponto negativo para aquele que a produz. A informação é difundida de forma cada vez mais rápida, mas isso não implica que seja a forma mais eficaz e “limpa” de o fazer.
Assusta-me a forma como o jornalismo está a ser encarado no mundo. A forma como os media se começam a comportar por questões monetárias.
Assusta-me que os media tenham desistido de ser diferentes entre si, que se tenham tornado estáticos no mundo digital.
Ainda assim, o que mais me assusta, é a forma como hoje em dia as pessoas consomem informação, ou melhor, o nome do jornal através do qual o fazem.
Será que os jornalistas que escrevem aqueles artigos sensacionalistas podem ser chamados de jornalistas?
Mas além desta minha pergunta, muitas outras foram respondidas e esclarecidas com a visualização deste documentário porque através deste compreendi que cabe a nós, jornalistas e futuros jornalistas, continuar a lutar para que o jornalismo não morra da forma como o conhecemos, para que conceitos como “jornalismo de cidadania” não se confunda com jornalismo.
Deixo aqui o documentário e aconselho a sua visualização que deveria ser de visualização obrigatória a todos os que se consideram jornalistas.